A automedicação é a prática de utilizar medicamentos sem acompanhamento ou aconselhamento de um profissional de saúde qualificado.
O uso de remédios por conta própria ocorre geralmente por indicação de amigos, familiares ou por alguma experiência pessoal prévia. Além de poder causar erros no diagnóstico e no tratamento de doenças, utilizar medicamentos sem a orientação de um especialista pode acarretar problemas sérios, que vão desde a interacção com outras drogas até o agravamento de doenças pré-existentes, como diabetes e problemas renais, hepáticos ou cardíacos.
Segundo os dados recolhidos mais de 80% dos pacientes já se automedicou.
As dores de origem dental causam um grande incómodo e impactam directamente nas actividades diárias. Nesses casos, a automedicação é muito comum, mas pode ser perigosa. Estudos demonstram que os medicamentos mais utilizados na tentativa de se tratar uma dor de dente por conta própria são os analgésicos, remédios cujo objectivo é agir no controlo e alívio da dor.
Anti-inflamatórios e antibióticos, que actuam na regulação da inflamação e combate a microrganismos, também são procurados, porém em menor escala. Ainda é relatado, na literatura, o uso de outras substâncias como aguardente, álcool etc., no intuito de aliviar a dor em processos dentários agudos. No entanto, essa prática pode causar sérias consequências indesejáveis, como intoxicações e reacções adversas de ordem localizada ou sistémica.
Muitas vezes, é necessária uma intervenção local pelo médico-dentista durante a consulta para uma melhor abordagem e acção na causa dos quadros de dor de dente.
No caso de uma pulpite irreversível – uma inflamação da polpa dentária, ou seja, do “nervo” do dente –, os antibióticos não possuem efeito na resolução da dor e analgésicos ou anti-inflamatórios podem não controlar totalmente a sintomatologia, além de não tratarem a causa do problema.
É importante lembrar que o uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer graves consequências, como alergias, dependência e, em casos extremos, até a morte. Somente médicos dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar, indicar tratamentos e receitar medicamentos.
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